Produtores de eucaliptos formam cooperativa de reflorestamento Fonte: Portal O Documento/Adaptado por CeluloseOnline | 16/02/2012

    A iniciativa de cerca de 40 produtores de eucalipto possibilitou a criação da primeira Cooperativa de Reflorestamento e Bioenergia: a Cooperflora Brasil, que envolve empresários agroflorestais dos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

    Idealizado pelo produtor agroflorestal Gilberto Goellner, o projeto busca fomentar o multiuso do eucalipto e promover novos mercados para o produto. Com a recente aprovação do novo Código Florestal o setor de florestas sustentáveis ganhará impulso com o aumento na fiscalização e restrição da oferta de madeira sem base legal.

    Com a projeção de crescimento do setor, a cooperativa dá um passo à frente na organização dos produtores regionais em busca da profissionalização dos processos de plantio, manejo e colheita da cultura. “A entidade sediada em Rondonópolis-MT (219 km de Cuiabá) vislumbra a criação do grande polo florestal do Sul de Mato Grosso, com capacidade de atrair investidores de indústrias de processamento do eucalipto”, diz nota da cooperativa.

    Hoje, toda madeira de reflorestamento comercializada no Estado é usada para geração de energia térmica em fornalhas industriais (biomassa), no entanto, com o crescimento da atividade por meio da Cooperflora, será capaz atrair investidores do setor moveleiro que é consumidor de laminados; os fabricantes de MDF e MDP; bem como serrarias; siderúrgica; e, proporcionar o uso do eucalipto in natura nas construções civis e rurais para diversificar a destinação dessa matéria-prima.

    “A Região Sul de Mato Grosso possui hoje aproximadamente 40 mil hectares de plantio de eucalipto e queremos ampliar essa produção. Com a organização dos produtores de pequeno, médio e grande porte poderemos ampliar a oferta do produto e atrair as indústrias necessárias para o consumo de nossas produções. O Estado tem uma área estimada de 500 mil hectares que podem ser absorvidas por florestas plantadas”, acrescenta o presidente da Cooperativa, o produtor e ex-senador, Gilberto Goellner.

    A cooperativa tem ainda o papel de auxiliar o produtor a garantir maior rentabilidade na atividade. O grande gargalo está na fase de colheita, devido à falta de equipamentos apropriados para o processo de corte, processamento da madeira e logística para entrega ao consumidor final. Para isso, a entidade contará com serviços terceirizados de máquinas, equipamentos e caminhões para transporte.

    A mecanização da colheita visa garantir melhor cumprimento às exigências trabalhistas e, com isso, oferecer a segurança necessária aos empreendimentos. Goellner adianta que os associados receberão orientação para o pleno êxito da atividade. “A Cooperflora terceirizará os serviços de implantação de projetos para os associados que ainda iniciarão na atividade, orientando para a adequação de clones ao uso final da madeira”.

    Os associados que já possuem floresta plantada também serão respaldados. “Haverá necessidade de um inventário quantitativo e/ou qualitativo para adequar melhor o momento da colheita ao mercado disponível”, explica o presidente da Cooperflora.

    Fonte: Portal O Documento/Adaptado por CeluloseOnline


    <- voltar